Produzir Currículo nas Escolas

Cidades

Desenvolvido em quatro municípios de regiões distintas do país (Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste) com docentes do ensino fundamental e do ensino médio, o projeto é um parceria com escolas municipais e estaduais localizadas nas cidades de Niterói (RJ), Rondonópolis (MT), Cachoeira e São Félix (BA).

Em parceria com as secretarias municipais e estaduais de educação, a intervenção é tomada de forma colaborativa com a participação dos professores e escolas envolvidas. Sem nenhum objetivo de comparação ou de criação de casos-modelos, em cada uma das cidades e escolas envolvidas, o projeto ganha direções diferentes, emergidas das negociações locais, a fim de compor um mosaico sobre a produção de políticas públicas curriculares a partir das narrativas biográficas dos docentes da educação básica.

Intervenções Disruptivas

Ao apostar na possibilidade de produzir política pública em currículo na escola, o projeto mobiliza uma longa tradição do campo curricular que se contrapõe a modelos tradicionais produzidos na racionalidade tyleariana atualizada.

Ainda que tal tradição seja muito plural, materializada, por exemplo, nas diferentes equipes de pesquisadores que compõem o projeto, o que nos aproxima é a inextricável relação entre política de currículo e a ação do professor, não como sujeito que implementa, reinterpretando, os currículos, mas como aquele que, com sua ação, os produz.

Nesse sentido, a ampla maioria dos pesquisadores com os quais dialogamos tem trabalhado com narrativas autobiográficas dos docentes, como formação dos professores em serviço, mas principalmente entendendo que o trabalho de produzi-las funciona como intervenções disruptivas ao desenvolvimento de políticas públicas em currículo marcadas pelo binômio prescrição-avaliação.

Não deixe de acompanhar o Borrão do Tempo e as postagens com as atividades desenvolvidas!

Ensino Fundamental

Para iniciar as interações disruptivas, foram procuradas as redes de ensino parceiras e, em função das conversas iniciais, o projeto passou a tomar forma diferente em cada localidade. Assim, o projeto se movimenta em variadas e múltiplas direções e dimensões.

Em Rondonópolis, a coordenação local traçou na parceria com uma escola de grande porte da cidade, onde vem sendo desenvolvidas rodas de conversas com os professores sobre seu trabalho e discussão de temas definidos por eles como relevantes. Acesse aqui o relato e veja vídeos do que vem sendo feito.

Em Niterói, a interação disruptiva aconteceu, até o momento, em atividades desenvolvidas na Secretaria Municipal de Educação congregando professores de diferentes escolas. Tomou a forma de um curso de extensão, cuja ênfase é, como ocorre em Rondonópolis, na conversa com os professores sobre o seu trabalho e sua vida como professores. Os temas que articularam as conversas podem ser acessados no relato da coordenação. Veja também vídeos do que tem ocorrido e leia os textos usados para iniciar as discussões na biblioteca.

Em Cachoeira e São Felix, as interações também têm se dado nas escolas com o mesmo foco de Rondonópolis e Niterói. Não deixe de acessar o relato e alguns vídeos.

Para o ano de 2020, outras interações estão sendo previstas. Seguiremos trabalhando com os professores e também ajudando a pensar sobre a chegada da BNCC nos municípios.

Já temos também aprovado um curso de especialização, a ser oferecido pela UERJ, para os professores parceiros que quiserem uma formação mais formalizada. Veja detalhes no post.

Formação de Pesquisadores

A pesquisa tem sido também locus de formação de pesquisadores de pós-graduação e graduação. Alunos de mestrado e doutorado dos diferentes programas envolvidos estão participando do projeto com diferentes níveis de atuação. Alguns desenvolvem suas teses e dissertações sobre o projeto, outros aproveitam as discussões teóricas e/ou metodológicas para suas propostas, entre as muitas formas de relacionamento possíveis. Acompanhe nos post os relatos dos estudantes envolvidos.

Niterói (RJ)
Ricardo Scofano Medeiros (UFRJ/Doutorando – Bolsista Capes)
Priscilla de Melo Basílio (UFRJ/Doutoranda)
Maria Santos (UERJ/Doutoranda)
Wesley Oliveira (UFRJ/Iniciação Científica – Bolsista CNPq)
Raquel Aranha (UFRJ/ Apoio Técnico – Bolsista CNPq)
Júlio Campos (UNIRIO/ Apoio Técnico – Bolsista CNPq)

Rondonópolis (MT)
Cláudia Sales Ritter (UFMT/Mestranda)
Silvany Soares de Oliveira (UFMT/Mestranda)
Eudes Arrais Góis (UFMT/Mestranda)
Dineuza Conceição de Souza Silva (UFMT/Mestranda)
Gisele Silva David Camargo (UFMT/Mestranda)
Anabel Beatriz de Col (UFMT/Mestranda)
Raila Sena Silva (UFMT/Graduanda)
Gabriel Nascimento dos Santos (UFMT/Iniciação Científica – Bolsista CNPq)

São Félix e Cachoeira (BA)
Rodrigo da Silva Lucena (UFRB/Iniciação Científica – Bolsista CNPq)
Joédla Tainá Pinto Melo (UFRB/Graduanda)